No início do século 19, quando as modernas forças policiais começaram a ser formadas, a maior parte da humanidade havia estado sob o domínio dos impérios europeus. De modo geral, a polícia européia estava organizada para proteger os governantes, não o povo. Até mesmo os britânicos, que repudiavam a idéia de ter uma polícia militar armada em seu meio, pareciam não ter escrúpulos de usar a polícia militar para manter as colônias em sujeição. Rob Mawby, no seu livro Policing Across the World (A Polícia ao redor do Mundo), diz: “Incidentes de brutalidade, corrupção, violência, assassinato e abuso de autoridade ocorreram em praticamente todas as décadas da história da polícia colonial.” Depois de salientar alguns aspectos positivos da polícia imperial, o mesmo livro acrescenta que ela “passou para o mundo a imagem de que a polícia é instrumento de repressão do Estado, não uma entidade de serviço público”.
Governos despóticos, temendo revoluções, quase que invariavelmente tinham a sua polícia secreta para espionar os cidadãos. A polícia secreta extrai informações mediante tortura, e supostos subversivos são eliminados ou presos sem julgamento. Os nazistas tinham a Gestapo; a União Soviética, a KGB e a Alemanha Oriental, a Stasi. Esta última possuía um impressionante contingente de 100.000 homens e possivelmente meio milhão de informantes para controlar uma população de uns 16 milhões. Policiais faziam escuta de conversas telefônicas 24 horas por dia e mantinham fichas de um terço da população. “Os policiais da Stasi não conheciam limites nem ética”, diz John Koehler no livro Stasi, de sua autoria. “Um grande número de clérigos, incluindo autoridades de denominações protestantes e católica, foram recrutados como informantes secretos. Seus gabinetes e confessionários estavam repletos de aparelhos de escuta.”
Mas esse tipo de polícia não é exclusividade de governos despóticos. Policiais de grandes cidades em outros lugares são acusados de infundir o terror quando adotam práticas extremamente agressivas de imposição da lei, especialmente contra minorias. Comentando um escândalo de ampla repercussão envolvendo abusos cometidos pela polícia de Los Angeles, uma revista noticiosa disse que ‘a violência policial havia atingido um nível sem precedentes, levando a se cunhar o termo “policial-bandido” ’.
Incidentes desse tipo têm levado autoridades a se perguntar: Como melhorar a imagem da polícia? Num esforço de enfatizar o seu papel de servidores públicos, muitas forças policiais têm procurado salientar os aspectos comunitários de seu serviço.
Agradecimentos do Brasil Paralelo!
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