O medo da corrupção policial
Às vezes parece ingenuidade acreditar na proteção policial, principalmente quando se ouve falar de muitos casos de corrupção. A corrupção existe desde o início da história da polícia. Referindo-se ao ano de 1855, o livro NYPD—A City and Its Police (Departamento de Polícia de Nova York — Uma Cidade e sua Polícia) diz que “muitos nova-iorquinos achavam que estava ficando cada vez mais difícil fazer distinção entre polícia e bandido”. Na América Latina, acredita-se que “há muita corrupção, incompetência e abusos de direitos humanos dentro da polícia”, diz o livro Facets of Latin America (Aspectos da América Latina), de Duncan Green. O comandante de uma força de 14.000 homens na América Latina pergunta: “O que você pode esperar quando um policial ganha menos de [100 dólares] por mês? Se alguém oferecer uma propina, o que acha que ele vai fazer?”
Qual é a dimensão do problema da corrupção? A resposta depende de a quem você pergunta. Um policial norte-americano que há anos faz rondas numa cidade com uma população de 100.000 habitantes responde: “Com certeza existem policiais corruptos, mas a grande maioria é honesta. Essa pelo menos tem sido a minha experiência.” Por outro lado, um investigador criminal com 26 anos de experiência num outro país diz: “A corrupção está praticamente em toda parte. A honestidade é uma coisa muito rara na polícia. Se um policial revista uma casa arrombada e encontra dinheiro, ele provavelmente vai pegá-lo. Se recupera objetos de valor, pega parte para si.” Por que alguns policiais se tornam corruptos?
Alguns começam com as mais nobres intenções, mas depois se deixam influenciar por colegas corruptos e pelo freqüente contato com a marginalidade. O livro What Cops Know (O Que os Policiais Sabem) cita um patrulheiro de Chicago que diz: ‘Os policiais conhecem muito bem o submundo da marginalidade porque convivem com ele, respiram o seu ar e lidam com ele o tempo todo.’ O contato com a corrupção pode facilmente exercer uma influência negativa.
Embora a polícia forneça um serviço inestimável, está longe de ser ideal. Podemos esperar algo melhor?
18, que salienta a necessidade de se perseverar em oração a Deus, o qual “causará . . . que se faça justiça aos seus escolhidos que clamam a ele dia e noite”. Mas, essas orações não são apenas a respeito da justiça. Jesus exortou seus seguidores a orarem a respeito do fim completo do inteiro sistema iníquo de coisas, sobre o qual ele falou no capítulo anterior. (Luc. 17:20-30) Esta mudança drástica para melhor será produzida pelo governo celestial do Reino de Deus, o qual destruirá os governos humanos corrutos, com sua longa história de injustiça. E os pormenores da profecia de Jesus harmonizam-se com os fatos da história, em nosso tempo, provando que a nossa geração é aquela que presenciará esta mudança para um governo do céu. (Dan. 2:44; Mat. 24:3-14) No entanto, por que devemos pensar que isso significa justiça para todos?Em primeiro lugar, é porque a justiça vem de cima para baixo. Assegura-se-nos que o chefe daquele governo ‘o estabelecerá firmemente e o amparará por meio do juízo e por meio da justiça’. (Isa. 9:6, 7) Que dizer dos outros que exercerão autoridade? Isaías 32:1 indica vividamente que eles “governarão como príncipes para o próprio juízo”. Assim como se dava no antigo Israel, sob o governo do Reino haverá uma só lei ou um só sistema de decisões judiciais para todos. Ainda será comum o tratamento injusto, assim como hoje? Isaías 26:9 mostra por que a resposta é Não, dizendo: “Quando há julgamentos [de Jeová] para a terra, os habitantes do solo produtivo certamente aprenderão a justiça.”
‘Está bem’, talvez pensem alguns, ‘mas que dizer daqueles que se negarem a isso?’ Pois, conforme disse o Professor Wilson: “Existem pessoas iníquas.” Deus, que é o “Juiz de toda a terra”, promete cuidar de que apenas os dispostos a aprender e a praticar a justiça e o juízo permaneçam vivos. — Gên. 18:25; Isa. 26:10; Sal. 37:9-11.
Recentemente, dois médicos, estudando a “personalidade criminosa”, disseram:
“O que é preciso para acabar com o crime . . . não é tanto melhor moradia ou terapia convencional, mas a ‘conversão’ do contraventor para todo um novo estilo de vida e uma rigorosa educação moral. . . . A reabilitação, concluíram eles, requer . . . ‘a destruição total da personalidade criminosa . . . ’”
Isto é exatamente o que os anteriores transgressores terão de fazer, a fim de se habilitarem para a vida na nova ordem de Deus — revestir-se “da nova personalidade, que foi criada segundo a vontade de Deus, em verdadeira justiça e lealdade”. (Efé. 4:24) E isto seguramente fará parte do programa educativo sob o governo do Reino de Deus, a fim de que todos os que quiserem possam seguir Suas normas justas para a vida. (Isa. 2:3, 4) De modo que haverá justiça para todos!
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